Imagens gravadas pelo circuito interno do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro mostram que a câmera de segurança que filmava a entrada principal, do lado Oeste, foi quebrada pelos manifestantes golpistas apenas dezesseis minutos após a invasão. O ato de vandalismo ocorreu às 15h36 daquele domingo.
No vídeo, manifestantes aparecem vandalizando a entrada. Uma mulher derruba os monitores das mesas de recepção no chão, enquanto outra apoiadora tenta quebrar as catracas. Os demais manifestantes golpeiam os detectores de metal e arremedam objetos contra os vidros.
Neste momento, golpes de barras de ferro atingem a frente da câmera, que para de funcionar. O vândalo em si não aparece nas imagens.
A danificação do equipamento ocorreu apenas cinco minutos depois da câmera localizada do outro lado da entrada ser quebrada. Como noticiou o Globo, um manifestante atingiu o equipamento às 15h31 com uma corda. Este primeiro ato foi capturado pelas duas câmeras.
Os primeiros golpistas romperam a barreira de segurança e adentraram o edifício às 15h19. A multidão corre pelo térreo e é, inicialmente, dispersa por bombas de gás lacrimogêneo.
A destruição começa às 15h25, quando os manifestantes começam a quebrar os telefones das mesas dos recepcionistas. Um homem com uma bandana amarrada no pescoço com a bandeira do Brasil chega a arremessar um extintor nas vidraças. A primeira câmera é quebrada às 15h31, enquanto a segunda às 15h36.
As gravações foram disponibilizadas pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A PF informou ao STF que ainda estão sendo realizadas análises das imagens de câmeras de segurança do Palácio do Planalto, do Congresso e do próprio STF. De acordo com a PF, os vídeos somam 4.410 horas.
Veja também
Homenagem
Deputados visitam Folha de Pernambuco em cumprimento pelos 25 anos de história
Blog da Folha