Ex-candidata à Presidência, a senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS) segue internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Brasília. Segundo a assessoria de imprensa da parlamentar, os médicos seguem investigando o que teria provocado a crise alérgica. Thronicke está no hospital desde a última sexta-feira, e a causa seria uma urticária autoimune severa. Um especialista em imunologia acompanha a evolução da senadora.
“Por se tratar de uma alergia, de causa ainda não identificada, com crises muito fortes, os médicos optaram por mantê-la na unidade de terapia intensiva (UTI) com acompanhamento de um especialista em imunologia”, diz o comunicado. Ainda não há previsão de alta.
O caso da senadora não foi detalhado, mas metade dos registros da doença severa são causados por alguma doença autoimune, como a doença celíaca e lúpus. Thronicke está tomando corticoide e anti-histamínico de forma venosa. O quadro é estável, porém ainda não há previsão de alta.
Advogada e empresária, Thronicke é dona de uma rede de motéis em seu estado. Eleita em 2018 com o apoio de Jair Bolsonaro, ela ganhou destaque nacional nos últimos dois anos, pela sua participação na CPI da Covid, em 2021, e também pela sua candidatura à Presidência da República no último pleito, pelo União.
Durante a campanha, Thronicke chamou atenção principalmente durante os debates dos presidenciáveis na TV. Em resposta a um ataque de Bolsonaro à jornalista Vera Magalhães, colunista do Globo, Thronicke reagiu:
— Lá no meu estado tem mulher que vira onça. Eu sou uma delas. Eu não aceito esse tipo de comportamento e xingamento.
Com a fala, as redes sociais foram ao delírio e a parlamentar foi apelidada de Juma Marruá, personagem da novela “Pantanal” que se transforma no animal.
Já no debate na TV Globo, a senadora voltou aos trending topics do Twitter pelos embates com o Padre Kelmon, candidato do PTB. Soraya chamou Kelmon de “padre de festa junina” e, ao falar sobre a pandemia, perguntou se o presidenciável não tinha “medo de ir para o inferno”.
Em meio à crise instalada no União Brasil, que vive uma debandada nas últimas semanas, a parlamentar vive uma queda de braço pelo comando do diretório estadual do Mato Grosso do Sul. Atualmente presidente da sigla no estado, Thronicke tenta eleger um aliado para sucedê-la.
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