O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, anunciou nesta sexta-feira um orçamento extra de 29,1 trilhões de ienes (US$ 199 bilhões) para financiar um pacote de estímulo econômico destinado a aliviar o impacto do aumento dos preços e impulsionar o crescimento, enquanto busca fortalecer o apoio ao seu governo de um ano.
O governo estima que o pacote reduzirá mais de 1,2 ponto percentual da inflação geral e adicionará cerca de 4,6% ao produto interno bruto real, de acordo com um documento do governo fornecido à mídia.
Incluindo contribuições privadas e outras medidas fiscais, o tamanho geral do pacote será de 71,6 trilhões de ienes, disse Kishida nesta sexta-feira, após instruir o governo a planejar o orçamento extra em breve.
“Farei o meu melhor para entregar às pessoas várias medidas neste pacote econômico abrangente, para que possam sentir que estamos apoiando suas vidas”, disse Kishida a repórteres, após novos dados mostrarem que os preços em Tóquio este mês aumentaram no ritmo mais rápido desde 1989.
Embora a inflação ainda seja menor do que em muitos outros países desenvolvidos, a queda do iene agravou as pressões sobre os preços e está prejudicando os orçamentos das famílias.
O anúncio do mais recente pacote de estímulo veio no mesmo dia em que o Banco do Japão manteve as taxas de juros baixíssimas, oque está contribuindo para a queda histórica do iene e, portanto, da inflação.
A peça central do plano é a ajuda para reduzir os custos de energia, o que levará a uma economia média de 45.000 ienes em média para as famílias no próximo ano, explicou o documento. Isso ocorre depois que Kishida estendeu os subsídios à gasolina e medidas para conter os preços dos alimentos no mês passado.
Doações de 100.000 ienes também serão fornecidas para ajudar com os custos da gravidez, nascimento e criação dos filhos.
Embora o pacote possa aumentar o apoio a Kishida, mostrando que ele está ajudando famílias e empresas a lidar com custos mais altos, novamente levantará questões sobre a consistência da política fiscal e monetária do país.
O gasto fiscal total do pacote será de 39 trilhões de ienes, disse Kishida, mas o tamanho menor do orçamento extra sugere que parte dos gastos virá de fundos já disponíveis.
Cerca de 12,2 trilhões de ienes serão gastos para oferecer às empresas mais incentivos para aumentar os salários e medidas para combater a inflação, de acordo com o comunicado do governo, enquanto 10,6 trilhões de ienes ajudarão a financiar planos para melhorar a resiliência contra desastres e lidar com “mudanças na segurança nacional do meio ambiente.”
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