O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, anunciou nesta sexta-feira (28) um plano de estímulo de US$ 260 bilhões para amortecer o impacto da inflação sobre a população e a debilidade do iene.
O governo espera um gasto orçamentário de 39 trilhões de ienes (em torno de US$ 260 bilhões), um montante que pode chegar a 72 trilhões de ienes se o investimento do setor privado for contemplado, disse Kishida, depois que seu gabinete aprovou o programa.
“Trata-se de um plano econômico completo destinado a combater a inflação e revitalizar a economia”, declarou o premiê em entrevista coletiva.
“Queremos proteger os meios de subsistência, o emprego, nossas empresas. Tudo isso reforçando nossa economia para o futuro”, acrescentou.
A iniciativa deve conter medidas para aliviar as contas de energia das famílias, incentivar as empresas a aumentarem os salários, além de apoiar a economia nas diferentes regiões do país.
Os preços estão subindo na terceira maior economia do mundo no ritmo mais rápido em oito anos, embora a taxa de inflação de 3% esteja bem abaixo da registrada em outros países. Desde o início deste ano, o iene perdeu mais de 20% de seu valor em relação ao dólar.
“Desejamos uma adoção rápida” deste plano que será submetido ao Parlamento, disse Kishida à televisão durante a manhã.
Já com o recorde mundial de dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o Japão aumentou esse teto nos últimos dois anos com múltiplas iniciativas para mitigar o impacto da pandemia da covid-19.
Apesar da alta inflação, o Banco do Japão manteve sua política monetária ultraflexível, em contraste com outros grandes bancos centrais que aumentaram as taxas de juros para conter a alta dos preços.
Essa estratégia diferente mergulhou o valor do iene em seu menor valor em relação ao dólar em 32 anos e fez o governo intervir para proteger a moeda.
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