Lula defenderá integração em reunião de presidentes do Mercosul na Argentina

O Brasil assumirá a presidência pro tempore do Mercosul, na próxima semana, em um contexto de retomada da integração entre os países da região. Esta será a principal mensagem a ser levada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos demais líderes do bloco, durante uma reunião que acontecerá na cidade argentina de Puerto Iguazú, na fronteira com o Paraná.


— A integração é fundamental para o desenvolvimento dos nossos países — afirmou Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty.




Segundo Gisela Padovan, o bloco é importante tanto do ponto de vista comercial, como político e social. No caso da corrente de comércio (soma de exportações com importações) com o Mercosul, o total registrado no ano passado foi de US$ 40 bilhões.


Durante a reunião de cúpula, Lula vai reforçar sua posição em relação ao acordo entre Mercosul e União Europeia. O Brasil quer rever o artigo que prevê a igualdade no tratamento a empresas brasileiras e europeias em compras governamentais e rechaça a possibilidade de sanções comerciais aplicadas por motivos ambientais.


Maurício Lylio, secretário de Assuntos Econômicos do Itamaraty, disse que o governo brasileiro está trabalhando em uma proposta, como resposta ao texto adicional que os europeus apresentaram em maio. Lyrio enfatizou que, antes de mostrar o documento à UE, o Brasil vai discutí-lo com o Mercosul.


— A reunião será uma oportunidade para o presidente Lula reafirmar seu interesse em seguir com uma agenda ambiciosa de negociação — afirmou o diplomata.


Não há detalhes, até o momento, sobre a agenda de Lula. A expectativa é que ele chegue ao local da Cúpula no fim da tarde de segunda-feira e retorne a Brasília na terça-feira, após o encontro com os presidentes da Argentina (Alberto Fernández), do Uruguai (Lacalle Pou) e do Paraguai (Mario Abdo).


Também não existem informações sobre que ministros, além do chanceler Mauro Vieira, acompanharão o presidente à Argentina. O que se sabe é que, na reunião dos titulares dos ministérios da Fazenda e dos bancos centrais do bloco, o ministro Fernando Haddad — envolvido com a votação do arcabouço fiscal no Congresso — e Roberto Campos Neto, do BC, enviarão representantes.

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