O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, prorrogou o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei da Ordem (GLO) em portos e aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo por mais 30 dias nesta sexta-feira, 3, até 4 de junho de 2024. A decisão do presidente ocorre mesmo com resistência de ministros, que não veem ambiente político para a prorrogação.
A GLO foi iniciada em novembro do ano passado para promover a “asfixia logística” de organizações criminosas que atuam nos dois estados e seu prazo acabava hoje. O presidente acolheu parecer assinado pelos ministros da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e da Defesa, José Múcio Monteiro, com a concordância do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
A GLO permite que o governo federal, por meio das Forças Armadas, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, atue em ações no Porto do Rio de Janeiro, Porto de Itaguaí (RJ) e Porto de Santos (SP), bem como no Aeroporto do Galeão, no Rio, e no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A GLO tem validade apenas em territórios federais.
Segundo o Ministério da Justiça, desde o início da GLO, em novembro, 172,3 toneladas de drogas foram apreendidas, sendo 12,4 toneladas de cocaína e 5,4 toneladas de pasta-base de cocaína.
Um total de 282 armas foram apreendidas (entre elas 30 fuzis), 3.178 pessoas foram presas e houve 11,2 mil fiscalizações em embarcações e 107,6 mil cargas inspecionadas, além de 7,8 mil contêineres vistoriados.
O valor empregado em diárias e custos operacionais ficou em R$ 215,6 milhões, divididos entre Polícia Federal (R$ 3,2 milhões), Força Nacional (R$ 1,5 milhão), Forças Armadas (R$ 182 milhões) e Polícia Rodoviária Federal (R$ 28 milhões).
A sugestão de prorrogação da operação para o combate ao crime organizado consida “a pendência de conclusão de algumas medidas e a avaliação dos bons resultados alcançados por todos os órgãos envolvidos”, informa o MJ.
“Na avaliação do Ministério da Justiça, o conhecimento gerado e as ações de inteligência desenvolvidas e aprimoradas representam um legado à gestão da segurança pública no país e, em especial, aos cidadãos brasileiros”, complementa a pasta em nota.
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