Mais de 4,4 milhões de meninas e mulheres correm risco de sofrer mutilação genital em 2025

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

Este 5 de fevereiro é o Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina. 

Em mensagem, o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, descreveu a prática, presente em pelo menos 92 países e quatro continentes, como uma das manifestações mais brutais de desigualdade de gênero com danos físicos e mentais profundos além de riscos de saúde que podem levar à morte.

Parcerias e alianças são vitais para acabar com problema

Este ano, o tema é “Aumentando o passo: fortalecendo alianças e construindo movimentos para erradicar a mutilação genital feminina”.

Mutilação genital feminina ameaça milhões de mulheres (Foto: Georgina Goodwill/Unicef)

A prática é considerada pela ONU uma violação dos direitos de mulheres e meninas à dignidade, saúde e autonomia de seus próprios corpos. Somente este ano, mais de 4,4 milhões delas correm risco de sofrerem a prática.

Atualmente, 230 milhões sobrevivem com o problema. Segundo Guterres, a erradicação dessa terrível violação dos direitos humanos é urgente e possível de se alcançar.

Uma das propostas é fechar parcerias e alianças com governos, organizações de base e sobreviventes para eliminar a mutilação genital de mulheres e meninas até 2030.

Mais 27 milhões de meninas sob risco até 2030

No ano passado, os países-membros da ONU prometeram como parte do Pacto para o Futuro, firmado em setembro, que acabariam com a prática ao combater normas sociais negativas e a discriminação de gênero.

Se nada for feito, nos próximos cinco anos, mais 27 milhões de meninas e mulheres poderão ser vítimas da mutilação genital.

Em 2008, o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) lançou um programa conjunto com o Unicef para combater a prática. 


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