Milei confirma que seguirá com sua “motosserra” na Argentina em 2025

O presidente da Argentina, Javier Milei, confirmou nesta terça-feira (26) que, em 2025, continuará com seu plano da “motosserra”, uma metáfora para sua política de corte de gastos públicos e redução do Estado, na qual já foram demitidos mais de 33 mil funcionários.


“Refleti sobre as medidas do governo para o que será 2025. Diante do cenário, confirmo que seguirei ‘a todo vapor’ com a motosserra. VIVA A LIBERDADE, PORRA!”, escreveu Milei em sua conta na rede social X.


Após sua posse em dezembro de 2023, o presidente ultraliberal realizou cortes drásticos em obras públicas, reduziu e eliminou órgãos estatais, suspendeu o financiamento às províncias, desregulou preços, eliminou subsídios e demitiu 33.291 funcionários, segundo confirmou o ministro da Desregulação e Transformação do Estado, Federico Sturzenegger.




Assim, o país alcançou no primeiro semestre deste ano seu primeiro superávit fiscal desde 2008 e conseguiu controlar uma inflação que, somente em dezembro de 2023, chegou a 25%. Desde então, o ritmo de aumento dos preços tem diminuído, chegando a 2,7% em outubro.


Contudo, a inflação anual permanece uma das mais altas do mundo, em 193%.


Por outro lado, há forte recessão, com três trimestres consecutivos de queda no Produto Interno Bruto (PIB), cuja contração deve alcançar 3,5% em 2024, segundo projeções do Banco Mundial divulgadas em outubro.


Nesse contexto, o governo negocia no Congresso a aprovação do orçamento de 2025, que aloca recursos para administrar um Estado onde 52,9% da população estava em situação de pobreza no primeiro semestre de 2024, 11,2 pontos percentuais a mais em relação ao segundo semestre de 2023.


No entanto, ainda não há consenso entre as diversas forças políticas para aprovar as contas na Câmara dos Deputados, a quatro dias do fim do período de sessões ordinárias do Congresso.


Caso o orçamento não seja aprovado, o de 2023 pode ser novamente prorrogado – já utilizado após uma votação fracassada do orçamento de 2024 no ano passado -, o que permitiria ao governo gastar discricionariamente o excedente entre o previsto no orçamento e o arrecadado durante o exercício de 2025.

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