Novas amostras admitem que mundo recuperará camada de ozônio até 2040

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

Neste Dia Mundial do Ozônio, marcado em 16 de setembro, o secretário-geral das Nações Unidas pediu um compromisso global em “fazer as pazes” com o planeta.

António Guterres convocou ainda o mundo a se engajar com base no sucesso do Protocolo de Montreal “para ser mostrado o que se pode alcançar com a cooperação internacional no seu melhor.”

Medidas para proteger a saúde

Por ocasião da data, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) emitiu o boletim anual sobre o estado da camada de ozônio e medidas para proteger a saúde humana e o meio ambiente da radiação ultravioleta.

A publicação explora o papel das condições meteorológicas e uma grande erupção vulcânica no buraco de ozônio da Antártida em 2023. O texto ressalta que as avaliações dão conta de “um caminho de recuperação de fato em longo prazo”.

A Terra vista da superfície da Lua, imagem registrada pela missão Apollo 17 (Foto: WikiCommons)

O estudo confirma a continuação da redução das abundâncias atmosféricas dos gases de cloro e bromo que são substâncias de longa duração que destroem o escudo protetor do planeta. Pelo fato de algumas substâncias prejudiciais também funcionarem como gases de efeito estufa, a eliminação gradual é benéfica ao clima.

O estudo enfatiza a necessidade de um monitoramento contínuo da situação e que seja evitada a complacência. A persistirem as políticas atuais em vigor, a Antártida poderá ter a camada de ozônio recuperada aos níveis de 1980, período anterior ao do aparecimento do buraco de ozônio, por volta de 2066. Esse fato ocorreria até 2045 sobre o Ártico e até 2040 para o resto do mundo.

Nova avaliação científica

Uma avaliação científica apoiada recentemente pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e pela OMM revela que o buraco de ozônio da Antártida tem melhorado lentamente em área e profundidade desde o ano 2000.

A data celebra a adoção do Protocolo de Montreal, considerado o tratado ambiental mais bem-sucedido de todos os tempos. Graças ao acordo vem sendo observada a eliminação gradual de substâncias danosas à camada de ozônio.

Neste ano, o tema selecionado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiental para marcar a celebração é o Protocolo de Montreal: Promovendo a Ação Climática. O sucesso foi ecoado pela diretora executiva do Pnuma, Inger Andersen.

Já o presidente do Grupo Consultivo Científico da OMM sobre Ozônio e Radiação Solar UV, Matt Tully, “desde sua criação, um dos pilares do Protocolo de Montreal tem sido sua fundação em ciência de altíssima qualidade”.


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