A Oi não conseguiu vender nesta quarta-feira a ClientCo, empresa que reúne cerca de 4,7 milhões de clientes de fibra óptica para navegar na internet em alta velocidade. Esse é um dos últimos grandes ativos que a tele carioca, que atravessa o segundo processo de recuperação judicial, ainda tem na carteira.
No leilão realizado pela 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio na tarde desta quarta-feira, a tele recebeu apenas uma proposta, que veio abaixo do valor mínimo de R$ 7,3 bilhões.
Durante a audiência, apenas Ligga Telecomunicações, empresa de telecomunicações que é controlada pelo Fundo Bourdeaux, do investidor Nelson Tanure, fez proposta. Ofereceu R$1,03 bilhão.
“Tendo em vista que o preço proposto é inferior ao preço mínimo de R$7,3 bilhões, o Juízo da Recuperação Judicial suspendeu a Audiência Primeira Rodada, para que a Administração Judicial submeta a proposta apresentada pela Proponente à análise e deliberação dos Credores”, disse a Oi em comunicado fazendo referência à decisão judicial.
Estavam habilitados para participar do certame – que foi fechado e sem transmissão online e sem a presença de jornalistas – o grupo Ligga, a Vero, da Vinci Partners, e a Brasil Tecpar.
Os recursos da venda serão destinados ao pagamento dos credores da tele carioca.
O Grupo Ligga é resultado da união de empresas Ligga Telecom, Sercomtel, Horizons e Nova Fibra. É a segunda maior empresa de banda larga fixa do Paraná, onde oferece o serviço em mais de 420 municípios. A Vero é uma empresa provedora de internet da Vinci Partners com atuação nos estados de Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, abrangendo 180 cidades. Já a Brasil Tecpar oferece serviços de telecomunicações em sete estados.
Em 2020, a Oi vendeu sua unidade de telefonia móvel para as rivais TIM, Claro e Vivo por R$ 16,563 bilhões, com valores da época em um leilão também realizdo pela Justiça do Rio.
Além da ClientCo, a Oi ainda pretende vender a V.tal, empresa de rede neutra de telecomunicações dona de 400 mil quilômetros de fibra óptica. Nesse caso, a Oi pretende vender os 31,2% que têm na companhia. O restante das ações da V.tal está nas mãos do BTG, através de fundos.
A Oi tem ainda as empresas Oi Soluções, com 40 mil empresas, Tahto, de atendimento, e Serede, de manutenção.
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