O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o Palácio do Planalto fará uma força-tarefa permanente junto aos ministérios para acelerar a nomeações de cargos “o mais rápido possível” e os ministros terão de prestar conta semanalmente dos parlamentares recebidos em cada ministério, ambas decisões foram tomadas na reunião ministerial dessa quinta-feira (16).
Uma relação de 403 currículos de indicações apresentadas por parlamentares e segmentos sociais que está com análise travada nos ministérios foi mostrada no encontro com os ministros para mostrar o tamanho do problema enfrentado para a montagem do governo. De acordo com Padilha, algumas dessas análises estão travadas há 30 e 60 dias. Dias antes da reunião, Lula pediu a auxiliares que levassem esse levantamento ao encontro para reforçar a cobrança aos ministros.
A força-tarefa de nomeações será coordenada pela Secretaria de Relações Institucionais, comandada por Padilha. Integrantes do ministério esperam conseguir reduzir o máximo possível dessa lista ainda no mês do junho, com a expectativa de atender parlamentares e tirar a SRI da linha de tiro de reclamações do Congresso.
Conforme o ministro, outra decisão tomada na reunião de ontem é que os ministros terão que prestar conta semanalmente a SRI da relação de parlamentares que forem recebidos nos ministérios, seja por ministros, secretários ou assessores parlamentares.
— Semanalmente a SRI vai entregar esse mapa dos parlamentares atendidos aos líderes do governo na Câmara, no Senado e no Congresso para que possam repassar aos líderes partidários e possam ter um mapeamento permanente — disse Padilha nesta sexta-feira.
Como mostrou O Globo, Lula usou a reunião ministerial para cobrar ministros a acelerarem nomeações de indicações políticas na tentativa de melhorar a relação de seu governo com o Congresso e empoderar Padilha, responsável pela articulação política do governo, frente aos demais auxiliares. O movimento acontece dentro de um cenário de pressão do governo Lula por deputados e senadores, que reclamam da letargia do Planalto para nomear cargos nos estados e liberar emenda.
Em reação aos problemas de articulação do governo, há duas semanas, a Câmara ameaçou não aprovar a medida provisória que alterou a estrutura dos ministérios, o que faria com que o governo voltasse à configuração dos tempos de Jair Bolsonaro com a extinção de pastas.
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