Em Pernambuco, 31,9% da população em idade ativa e apta a trabalhar está empregada com carteira assinada, segundo o indicador estrutural do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total, o Estado conta com 7.772.000 milhões de pessoas com idade suficiente para exercer a função. Na capital pernambucana, o grupo é de 1,39 milhão de recifenses em idade laboral.
A pesquisa anual do IBGE avalia a qualidade de vida e o bem-estar de indivíduos, famílias e grupos populacionais, além de examinar a efetivação de direitos humanos e sociais e o acesso a serviços, bens e oportunidades. O estudo analisou aspectos sociais e econômicos, incluindo a estrutura econômica e o mercado de trabalho, o padrão de vida e a distribuição de rendimentos, além de outros fatores como saúde e educação.
Com esse propósito, o recorte estadual da análise dos índices socioeconômicos constatou que 60% dos cidadãos com mais de 14 anos trabalham no Estado, seja com vínculo empregatício formal ou não. Dos entrevistados, trabalhadores do sexo masculino eram 58,6% enquanto mulheres representaram 41,4%. No recorte racial, os pretos são a maioria com 66,3% e os brancos 32,7%.
Perfil
Dos empregados, os indivíduos sem carteira de trabalho assinada são 20,3% dos que exercem a função, trabalhadores domésticos com carteira de trabalho assinada ocupam 1,2%, trabalhador doméstico sem carteira de trabalho assinada com 5,1% e militar ou funcionário público estatutário sendo 7,1%. Já os que trabalham por conta própria são 30,0% e aqueles que ocupam a posição de empregador, são 3% do total.
Já no levantamento do grau de escolaridade dos cidadãos de Pernambuco, foi constatado que as pessoas com maior nível de capacitação saem na frente na hora de receber um melhor salário. Os pernambucanos que possuem nível superior completo recebem quase 4 vezes mais por rendimento-hora que aquelas sem instrução ou fundamental incompleto.
Remuneração
Foi apresentado que as pessoas com a baixa capacitação recebem R$ 6,9 por hora, ensino médio fundamental completo ou médio incompleto R$ 9,0, ensino médio completo ou superior incompleto R$ 10,3 e superior completo R$ 26,5 por hora trabalhada.
Com isso, Pernambuco alcança o 4º lugar dos estados do Nordeste, pagando a média de R$ 1.914,00 por trabalhador. O valor coloca o Estado atrás da Paraíba, com R$ 2.286,29, Rio Grande do Norte, com R$ 2.189,57 e Piauí, com R$ 2.134,73.
Além dos salários, o estudo também revelou a jornada de trabalho dos cidadãos, com mais da metade da população trabalhadora (51,2%) cumprindo a carga de 44 horas semanais. Logo após, os dados mostram 20,3% que trabalham de 15 a 30 horas, 10,9% de 45 a 48 horas e 9,8% acima de 49 horas, enquanto 4,4% exercem até 13 horas.
Desemprego
Sobre a distribuição da população sem ocupação e em busca de trabalho, 37,1% estão há dois anos ou mais procurando uma vaga. Outros 28,4% procuram emprego há mais de um mês, mas menos de um ano, enquanto 21,4% estão na procura há menos de um mês. Já entre um a dois anos, estão 13,1% da população com idade laboral.
Qualidade de vida
No que se analisou sobre as condições de vida do pernambucano, 69,6% deles reside em domicílios próprios de alvenaria com até 2 moradores por dormitório. Esse número se refere aos imóveis quitados, dos que ainda estão em processo de pagamento, são 1,9%. Moradias alugadas são 20,2%.
Além disso, 1,1% são cedidos por empregador, 6,7% cedidos por família e 0,5% cedidos de outra forma. Desses domicílios, 93,9% são de alvenaria com revestimento ou taipa com revestimento.
Dessas residências, a maioria recebe água pela rede geral de distribuição, tem coleta de lixo e esgotamento sanitário. A forma de abastecimento de água se divide em 77,8% dos domicílios ligados à rede geral de distribuição, 9% com poço profundo ou artesiano, 3,9% com poço raso, freático ou cacimba, 2,9% água da chuva armazenada, 0,6% fonte ou nascente e 5,9% tendo acesso de outra forma.
Veja também
caixa exonômica
Caixa aumenta em 20% valor de avaliação em penhor
Banco Central
