Petrolífera norueguesa Equinor decide deixar a Rússia, um dia após BP anunciar que sairá do país

Mais uma gigante do petróleo decidiu deixar a Rússia, após o ataque à Ucrânia. A Equinor, controlada pelo governo norueguês, disse nesta segunda-feira que vai suspender novos investimentos no país e iniciar o processo de saída das joint-ventures que mantém com companhias de energia russas.


No domingo, a petrolífera britânica BP já havia anunciado que se desfaria de sua fatia na estatal russa de petróleo Rosneft.


A exposição da Equinor à Rússia é bem menor que a da britânica BP, mas dá a dimensão de como o cerco das potências ocidentais sobre Moscou está se intensificando e vai além das sanções financeiras. Tanto Reino Unido como Noruega integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos EUA.

 




“Na atual situação, vemos nossa posição como insustentável”, disse em nota o presidente-executivo e presidente do Conselho de Administração da Equinor, Anders Opedal.


A empresa atua na Rússia há mais de 30 anos e firmou acordo de cooperação com a Rosneft em 2012, mas não detém participação na companhia russa como a BP. As ações da BP caem 7% na Bolsa de Londres nesta segunda-feira.


A Equinor tem cerca de 70 funcionários na Rússia e produz aproximadamente 25 mil barris diários de óleo equivalente (que inclui petróleo e gás) no país, uma fatia pequena em relação à sua produção total, de mais de 2 milhões de barris por dia. 


No fim de 2021, os ativos da empresa norueguesa eram avaliados em US$ 1,2 bilhão. Opedal disse que a decisão de sair da Rússia vai impactar o balanço financeiro da companhia, mas não deu detalhes.


O movimento acompanha a decisão do governo norueguês, anunciada no domingo, de desinvestir na Rússia. A Noruega investe recursos públicos em várias empresas e títulos de  países por meio de seu fundo soberano, que é um dos maiores do planeta. Ontem, informou que vai remover os ativos russos de sua carteira.


A BP tem a maior atuação das gigantes de petróleo na Rússia, mas outras empresas do setor atuam no país, o que levanta suspeitas de que podem seguir o caminho da empresa britânica e da Equinor.


A francesa Total tem negócios em território russo que representam cerca de US$ 1,5 bilhão de seu fluxo de caixa ou cerca de 5% do total. A anglo-holandesa Shell tem fatia na estatal de gás russa Gazprom, e a americana Chevron atua no segmento de lubrificantes.

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