Posse de Trump: assim como Bolsonaro, líderes da direita foram convidados por ligação ou e-mail

Questionado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o convite de Jair Bolsonaro (PL) para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, foi feito por e-mail, modelo usado ela organização para convidar outras autoridades estrangeiras — chamadas também por ligação ou articuladores.


A escolha por canais informais se justifica pela tradição americana de não convidar pessoalmente chefes de estado. Por se tratar de um evento meramente diplomático, o país notifica as embaixadas diretamente.


Trump, contudo, rompeu o protocolo e resolveu convidar por conta própria líderes da extrema-direita, alinhados ideologicamente a ele. Além de Bolsonaro, também foram convidados para a posse o presidente argentino, Javier Milei, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, o primeiro-ministro da Húngria, Viktor Órban e o ultradireitista francês Éric Zemmour.

 




Todos esses convites foram feitos por sua organização para a solenidade que está marcada para o próximo dia 20.


Jair Bolsonaro solicitou STF permissão para viajar ao país. Por ser investigado, Bolsonaro está com o passaporte retido. Alexandre de Moraes pediu comprovação sobre o chamado. Nesta segunda-feira, sua defesa respondeu a Alexandre de Moraes que o e-mail apresentado a Corte se trata do convite oficial.


O convite, enviado pelo endereço @t47inaugural.com – vinculado ao site da posse de Trump –, foi direcionado ao e-mail pessoal de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, às 0h46 da última quinta-feira.


“Em nome do presidente eleito Trump, gostaríamos de convidar o presidente Bolsonaro e um convidado para a cerimônia de posse do presidente eleito Trump e do vice-presidente eleito Vance na segunda-feira, 20 de janeiro, em Washington, DC. Além disso, gostaríamos de estender um convite ao presidente Bolsonaro e um convidado para comparecer ao Starlight Inaugural Ball na noite de 20 de janeiro”, dizem as mensagens, que não especificam o horário em que os eventos ocorrerão.


Diante da proximidade da data, Bolsonaro costura um plano B: enviar sua mulher, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, em seu lugar. Seus articuladores avaliam que Moraes não irá conceder a autorização para que ele possa viajar a Washington, nos Estados Unidos.

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