Auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliam que as imagens que mostram o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Gonçalves Dias, interagindo com manifestantes golpistas durante a invasão ao Palácio do Planalto, tornaram a sua permanência no cargo insustentável.
Câmeras de segurança flagraram o ministro conversando e apontando a saída para os invasores.
A avaliação é que o ministro teve um comportamento excessivamente passivo tanto diante dos invasores como de seus subordinados, que de alguma forma colaboraram com o ataque à sede do Executivo Federal.
Em uma das imagens, um servidor do GSI aparece oferecendo água às pessoas que destruíam o prédio.
Como revelou O Globo, o general Gonçalves Dias havia relatado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sua ida ao local no dia. Segundo aliados, contudo, ele não informou a dimensão da participação de seus subordinados no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no episódio.
O diagnóstico sobre a postura de Dias foi feito na reunião de Lula com os ministros Flávio Dino (Justiça), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Geraldo Alckmin (vice e ministro da Indústria), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) e Rui Costa (Casa Civil). O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, também participou do encontro.
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