Preço do gás deve subir 14,9% em maio com novo modelo de ICMS; veja quanto será em cada estado

O preço médio do gás de botijão no país vai subir 14,9% a partir de 1º de maio, afirma o Sindigás, que representa as distribuidoras do setor. É quando o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o produto passa a ser cobrado por uma alíquota única válida para todo o Brasil. A medida alcança ainda a tributação de diesel e biodiesel. [Veja o percentual de reajuste em cada estado ao fim do texto]


Hoje, o valor médio do ICMS cobrado sobre o gás de botijão é de R$ 14,23. Com o novo sistema, ele sobe para R$ 16,34. Com esse ajuste, o aumento do preço do gás vai aumentar em 21 das 27 unidades da federação. O maior aumento ocorrerá em Mato Grosso do Sul, de 84,5%.


No Rio de Janeiro, a alta será de R$ 49,8%, enquanto em São Paulo, de 28,5%. Em Pernambuco, será 18,6%.


Não deverá haver alteração do preço do gás em Acre, Ceará e Espírito Santo.

Já três estados terão redução no preço: Santa Catarina (-21,2%), Minas Gerais (-18,7%) e Rio Grande do Norte (-1,4%).

 





Mudança prevista em lei

A mudança foi determinada pela Lei Complementar 192, aprovada em 2022, prevendo a unificação das alíquotas de ICMS cobradas sobre gás, diesel e biodiesel pelos estados. A medida, que entraria em vigor em 1º de abril, acabou postergada para o início de maio para permitir que as unidades da federação fizessem os últimos ajustes para a implementação do novo modelo de tributação.


Na prática, a alíquota do ICMS deixa de ser cobrada com base em um percentual definido pelos estados, passando para um valor fixo em reais por quantidade. No caso do gás, por quilo; do diesel e do biodiesel, por litro. Esses valores serão revisados a cada seis meses.


Na implementação, para gás de botijão será cobrada alíquota de R$ 1,2571 por quilo. Enquanto para o diesel e o biodiesel, será de R$ 0,9456 por litro.


Segundo o Sindigás, além aumento de preço ao consumidor, pode haver risco ao abastecimento por questões e requisitos técnicos e regulatórios ainda estarem pendentes nos estados.


Neste mês, a Petrobras anunciou que a partir de 1º de maior, o preço de venda do gás natural será reduzido em 8,1% por metro cúbico, na comparação com o valor praticado entre fevereiro e abril, refletindo queda no preço do petróleo e apreciação do real frente ao dólar.


No ano, o valor do gás vendido pela Petrobras às distribuidoras acumula queda de 19%.


O aumento em cada estado*:


Brasil: 14,9%


Mato Grosso do Sul: 84,5%


Bahia: 77,3%


Sergipe: 56,2%


Rio de Janeiro: 49,8%


Amapá: 44,9%


Rio Grande do Sul: 35,1%


São Paulo: 28,5%


Distrito Federal: 23%


Goiás: 23%


Piauí: 21,8%


Pernambuco: 18,6%


Maranhão: 19,7%


Tocantins: 21,4%


Mato Grosso: 16,9%


Alagoas: 12,8%


Paraná: 9,5%


Pará: 8%


Roraima: 5,5%


Rondônia: 5%


Amazonas: 4,1%


Paraíba: 2,4%


Acre: 0,0%


Espírito Santo: 0,0%


Ceará: 0,0%


Rio Grande do Norte: -1,4%


Minas Gerais: -18,7%


Santa Catarina: -21,2%


*Fonte: Sindigás

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