PT e PSB reúnem, hoje, bancadas  para debater federação ampla

O movimento dos dois partidos é simbólico à medida que se dá de forma sincronizada. Tanto o PSB como o PT agendaram reuniões de suas bancadas para hoje. Além da coincidência em relação à data, a pauta também é comum: federação ampla.


Como a coluna antecipara, havia previsão de que o assunto evoluísse, em debates, ao longo desta semana. As duas siglas escolheram o mesmo dia para tratar disso. Divergem apenas no turno e no formato.

O PSB reunirá a bancada de deputados federais pela manhã de forma presencial com a participação do presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira. O PT recorrerá à ausculta, à noite, com deputados federais, estaduais, alguns senadores convidados e representantes de diretórios regionais, além da presidente nacional do partido, Gleisi Hoffman. Mas fará isso virtualmente.

Como a coluna registrara, a dirigente petista já comandou reunião da Executiva Nacional, na segunda-feira da semana passada, sobre o tema. Não se discutiu exatamente com quem federar, mas se falou das implicações.

No ninho socialista, prevalece o sentimento de que a bancada vai se manifestar a favor dessa federação ampla. O encontro, inclusive, foi agendado em função de as conversas estarem avançando do ponto de vista de uma frente ampla de esquerda que teria o ex-presidente Lula na liderança, mirando 2022.

Socialistas pretendem dar ciência à direção do partido de que o conjunto vai caminhar com Lula e que essa aliança nacional também se reproduzirá na disputa proporcional para que as bancadas, eleitas de forma conjunta, possam configurar o mesmo núcleo que fará a defesa de um eventual governo Lula no Congresso Nacional.


Os partidos da esquerda acreditam que, unindo-se desde a eleição, podem formatar, a partir dessa frente, o núcleo político que governaria com o ex-presidente, caso ele venha a ser eleito presidente da República. É esse componente político estratégico que vem impulsionando o debate. Tal raciocínio tem evoluído, nos bastidores, tendo como base uma federação que una PT, PCdoB, PSB e PSOL. Resta saber se esse sentimento da bancada vai ser materializado ou não.

Em banho-maria

Carregando a tiracolo seu projeto de concorrer a deputado federal em 2022, o 1º secretário da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Clodoaldo Magalhães, se dirigiu a Brasília para ir à mesa com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. A reunião seria às 11h de ontem, mas o parlamentar não foi recebido. Quem acompanha as movimentações realça que o mal-estar ficou mais nítido depois que o dirigente socialista postou foto, em sua rede social, recebendo lideranças do Rio Grande do Sul.

Uma luz > O detalhe é que a fotografia, potada por Carlos Siqueira, estava marcada por luminosidade entrando pelas janelas e isso não passou despercebido. Pessoas próximas têm sublinhado que Clodoaldo Magalhães não vai aceitar o banho-maria. Socialistas dizem que ele pode ficar no PSB na condição de tentar a reeleição. 

Despacho > Clodoaldo Magalhães cumpriu outras agendas na Capital Federal e uma delas foi com vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos. Filiado ao PL, Ramos declarou, ontem, que a filiação do presidente Bolsonaro “torna incompatível” sua permanência no PL. Foi de malas prontas que Ramos recebeu Clodoaldo, outro que já não descarta fazer as malas também.

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