O PSDB lançou nesta segunda-feira (21) o senador Alessandro Vieira como pré-candidato ao Governo de Sergipe.
Vieira anunciou sua saída do Cidadania e filiação ao PSDB na última sexta-feira. No ano passado, o senador chegou a se lançar pré-candidato à Presidência da República e, com a candidatura a governo anunciada nesta segunda-feira, passará a fazer palanque para João Doria (PSDB).
— Incrementamos não só um senador para uma das mais qualificadas bancadas do Congresso, mas instalamos o nosso palanque para a eleição do próximo governador de Sergipe — disse o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo.
O anúncio ocorreu em coletiva de imprensa na sede do PSDB São Paulo e contou com a presença do governador João Doria.
Ao comentar a vinda de Vieira para o PSDB, Doria elogiou a atuação do senador na CPI da Covid e disse que a defesa do parlamentar não é “partidária” e nem “pessoal”.
— (Vieira) defende o Brasil e o povo brasileiro. Essa é a essência que nos move, não é um projeto projeto partidário — afirmou o pré-candidato do PSDB à Presidência.
Entusiasta da candidatura de Sergio Moro ao Planalto, tendo trabalhado inclusive por uma federação do Cidadania com o Podemos, Vieira vinculou a ida ao PSDB e o apoio a Doria a uma necessidade de “cumprir acordos”, em referência à federação entre o Cidadania e o partido tucano.
— Me submeti a essas regras e aceitei fazer esse tipo de processo; logo, a consequência lógica é fazer apoio a João Doria — disse o senador, que depois elogiou a gestão do tucano em São Paulo.
Crítico da federação entre PSDB e Cidadania, Vieira declarou que os presidentes dos dois partidos terão agora que trabalhar para garantir regras que preservem a construção das siglas nos municípios. Segundo ele, a construção nacional e estadual é “simples” e as legendas têm “tamanho e força” para sentar à mesa e negociar.
Em relação a Moro, Vieira disse que, assim como Doria e a senadora Simone Tebet (MDB), o ex-juiz não tem sucesso isolado. O senador afirmou ainda que quer fazer um trabalho de “soma” nas eleições deste ano.
— É uma colaboração humilde para um processo de construção que passa por abrir mão de suas próprias pretensões e convicções pessoais. Tem que ter um projeto maior e o Brasil precisa disso — disse.
Presente no evento, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, disse que PSDB, MDB e União Brasil devem apresentar um candidato único da chamada “terceira via” até 1º de junho. Até lá, mais partidos podem entrar na articulação política, inclusive o Podemos de Renata Abreu.
Segundo ele, os candidatos dos três partidos aceitaram se submeter a um processo interno de escolha. Os critérios ainda não foram definidos, mas entre as possibilidades estão os resultados das pesquisas qualitativas ou quantitativas e até uma votação interna.
— Só há chance efetiva (de vitória nas eleições) se houver uma concentração de forças políticas — afirmou Araújo.