O deputado Danilo Forte (União-CE), relator do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024, defendeu o corte de despesas e classificou como “muito difícil” a meta do governo de zerar o rombo nas contas públicas no ano que vem, em um cenário de queda de arrecadação.
O parlamentar esteve em uma reunião com secretários do Ministério da Fazenda nesta manhã. O encontro não estava previsto na agenda oficial. Em conversa com jornalistas, ele disse que o governo estaria comprometido com uma reforma administrativa.
— É difícil compatibilizar tanta despesa, inclusive as recentes criadas, à pressão dos entes federados sobre o orçamento nacional, e ao mesmo tempo uma diminuição das receitas em função do momento econômico que nós estamos vivendo. Tem queda de arrecadação mês após mês. Teve em julho e agora em agosto em R$ 25 bilhões. Não é pouco dinheiro — afirmou
Em julho, a arrecadação do governo federal foi de R$ 201,8 bilhões. Houve queda real – quando é descontada a inflação – de 4,2% em relação ao mês de julho de 2022, que registrou R$ 210,7 bilhões arrecadados com impostos, contribuições e demais receitas.
O número de agosto ainda não foi divulgado pelo Tesouro Nacional. Na semana passada, contudo, uma estimativa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que as contas do governo central tiveram déficit primário de R$ 25,7 bilhões em agosto deste ano.
— Para você equalizar essas diferenças (aumento de gastos e queda de arrecadação), você tem que avançar na diminuição das despesas. Inclusive, foi importante também ouvirmos hoje que o governo está estudando uma reforma administrativa para poder dar mais eficiência ao poder público e diminuir despesas — avaliou.
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