Roberto Fernandes lamenta empate e não poupa críticas à arbitragem: “Hoje foi determinante”

Após o empate do Santa Cruz em 1 a 1 diante do Jacuipense, em Salvador, no Barradão, na noite desta segunda-feira (23), o treinador Roberto Fernandes lamentou o resultado, mas elencou fatores que considerou determinantes para o placar final, como as oportunidades perdidas e lances que a arbitragem interferiu. O comandante coral também destacou o momento difícil que a equipe vive e como isso tem afetado o desempenho dos jogadores, revelando que o grupo está “no limite”, mas que ainda é possível escapar da queda, indo de jogo a jogo atrás dos resultados necessários. 




O técnico tricolor voltou a criticar a arbitragem em partidas do Tricolor. Roberto Fernandes não economizou nas críticas ao trio do Distrito Federal, responsável pela partida desta segunda-feira. Para ele, os erros foram determinantes no resultado, destacando a falta que gerou o gol de empate do Jacuipense e um pênalti não marcado em Pipico. 


“Se não tivesse pergunta a respeito da arbitragem, eu não ia comentar, porque fica soando como choro ou desculpa. É uma vergonha o que vem acontecendo. É como se alguns árbitros viessem apitar o jogo do Santa Cruz, achando que é um clube sem a tradição e o peso que tem dentro do futebol nacional. Hoje foi determinante. O gol de empate do Jacuipense não foi falta e o pênalti em Pipico foi pênalti”, criticou. 


Para além das polêmicas com a arbitragem, o treinador coral lamentou o resultado, pela superioridade da equipe em relação aos donos da casa e as oportunidades criadas na partida. Segundo Roberto, o resultado não reflete o desempenho das equipes em campo. 


“O Santa Cruz, hoje, vem sendo competitivo. Tivemos N oportunidades de gols, pressionamos o adversário, mas, mais uma vez, o resultado não ajuda. Agora não é mais por falta de competência, não. É porque, realmente, está difícil a situação. O peso é muito grande nos atletas que entram em campo. Mas hoje foi um daqueles resultados que não reflete, de forma alguma, o desempenho das duas equipes em campo”, afirmou.


Roberto também lamentou as chances perdidas pelo ataque tricolor na partida, que poderiam ter dado a vitória ao Santa Cruz. Para o técnico, isso é um reflexo do momento difícil que a equipe vive. 


“Hoje tivemos três oportunidades, que nos pés desses mesmos jogadores, a gente já cansou de ver gols. É realmente uma fase muito complicada”, disse.


Sobre a esperança de salvar a equipe do rebaixamento, o técnico descartou a crença na matemática no momento atual e garante o foco “jogo a jogo”. 


“Matemática não vai entrar em campo. Tem que ir jogo a jogo, lutar enquanto tiver condição de reverter essa situação”, comentou.


Ainda lamentando o resultado, Roberto enfatizou que nenhum tipo de cobrança deve ser feita a atletas e comissão técnica após a partida, algo que ele considera injusto. O treinador tricolor aproveitou para resgatar de sua memória a seleção brasileira da Copa do Mundo de 1982, em uma ilustração de seu pensamento de que nem sempre a melhor equipe vence a partida e que o desempenho, não necessariamente, está atrelado ao resultado e ainda aproveitando para fazer nova crítica à arbitragem da partida.


“Hoje é aquele resultado que é até injusto qualquer tipo de cobrança em cima dos atletas e comissão técnica. Porque é aquela história de que o futebol tem três resultados, e nem sempre a equipe merecedora vence. Aprendi isso muito cedo, na copa de 1982, quando comecei a acompanhar futebol, onde talvez uma das seleções mais magistrais do Brasil perdeu aquele jogo para a Itália e ficou de fora. Nem sempre desempenho anda junto do resultado, infelizmente, porque hoje, era para o Santa Cruz ter saído daqui com uma vitória. Não adianta a gente ficar apontando isso, aquilo, porque o adversário tanto ou muito mais e saiu com o empate, com uma grata ajuda da arbitragem”, disse. 


Por fim, o técnico revelou que o grupo está jogando “no limite” e que poucas mudanças deverão ser realizadas na equipe, já chegando à reta final da competição. Mas reforça o foco em passar tranquilidade e confiança para os atletas.


“O grupo está jogando no limite dele. Nesse momento é corrigir pequenos detalhes. Ninguém vai transformar a equipe em um super time. É passar tranquilidade e confiança para os atletas, porque são eles que mantém viva a esperança, sobretudo, de sair dessa situação”, concluiu.

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