Rui Costa diz que plano para matar Lula, Alckmin e Moraes é ‘crime grave’ e não pode ficar impune

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o suposto plano dos “kids pretos” do Exército para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro na eleição de 2022 é um “crime grave” que não pode ficar impune.


A Polícia Federal (PF) apura em inquérito que apura se houve uma tentativa de golpe de Estado após o resultado da eleição. Em entrevista à Globo News nesta quinta-feira, Costa pediu que o Poder Judiciário julgue o caso com rigor e que os responsáveis sejam punidos duramente.


— A cumplicidade e a impunidade é irmã gêmea de criminalidade. Isso é um crime, organizar tentativa de golpe, organizar assassinato de ministro da Suprema Corte, organizar assassinato de um presidente eleito, isso é um crime grave. Não pode haver impunidade — declarou.


Na última terça-feira, a PF prendeu quatro militares e um policial federal.




Os presos foram o general da reserva Mário Fernandes, e os militares Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, integrantes dos “Kids pretos” — membros das Forças Especiais. Além dos militares, o policial federal Wladimir Matos Soares também foi detido. O cumprimento dos mandados contou com o acompanhamento do Exército Brasileiro e ocorreu nos estados do Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e no Distrito Federal.


Ex-número dois da Secretaria-Geral da Presidência, o general Mário Fernandes é apresentado nos relatórios da PF como um dos líderes mais radicais na articulação do suposto plano. Denominado de “Punhal Verde e Amarelo”, o documento foi impresso por ele no Palácio do Planalto e previa, após os assassinatos, a instituição do “Gabinete Institucional de Gestão da Crise”, que deveria ser ativado em 16 de dezembro de 2022. A defesa dele não se manifestou após a prisão.


O plano de três páginas com o planejamento da ação foi impresso em 6 de dezembro de 2022. O documento, que descreve “um planejamento de sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes”, foi encontrado em mensagens recuperadas do celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e que negociou um acordo de delação premiada para esclarecer a trama golpista.

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