O Secretário de Políticas Econômicas do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, disse que o resultado da inflação, que fechou o ano de 2024 com alta de 4,83%, veio abaixo do esperado. Mello afirmou que o governo vai “buscar uma inflação dentro da meta em 2025”.
O secretário apontou uma desaceleração no preço dos alimentos, que segundo ele, puxou o índice de inflação para cima da meta estipulada em 2024.
— Foi um resultado um pouquinho abaixo do que se esperava, né, com já uma tendência aparente de desaceleração em alimentação, que é o que estava puxando mais para cima, inclusive em carnes, vindo abaixo do que muita gente esperava também. Então, foi um ano marcado por essa pressão em preço de alimentos, né, começo do ano o tema do arroz, agora mais no final do ano o tema da carne, o tema do café — analisou Guilherme Mello.
Mello ainda projetou um cenário positivo para inflação neste ano, puxada principalmente por uma expectativa de safra recorde de grãos em 2024/2025. Por outro lado, ele pondera que o câmbio pode impor dificuldades no alcance da meta da inflação.
— Nós queremos e vamos buscar uma inflação dentro da meta em 2025. Sabemos também que a tendência é que a safra de 2025 seja melhor. Por outro lado tem pressões vindas do câmbio, está começando a aparecer nesse dado em alguns preços industriais. Mas achamos que é possível trabalharmos para ter uma inflação mais comportada em particular no que diz respeito a alimentos no ano que vem — completou.
O resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE.
A inflação brasileira acelerou para 0,52% em dezembro e fechou o ano de 2024 com alta de 4,83%, acima do teto da meta. O centro da meta para 2024 era 3%, com tolerância de 1,5 ponto para cima (4,5%) ou para baixo (1,5%).
Os números vieram em linha com a expectativa de analistas, que projetavam 0,54% em dezembro e 4,86% no ano. Em 2023, a inflação acumulada foi de 4,62%, depois de alta de 5,79% em 2022.
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