O capitão do Exército da reserva Valmir Moraes da Silva, conhecido apenas como Moraes, que trabalha como segurança de Luiz Inácio Lula da Silva há quase 20 anos, foi o escolhido para fazer o papel do presidente eleito durante o ensaio para a cerimônia de posse, na tarde desta sexta-feira (3).
Moraes se acomodou no banco traseiro do Rolls-Royce presidencial na companhia de Neudi Neres, assessora da futura primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja. Ela interpretou a chefe.
O ensaio, que atrasou em quase uma hora, perpassou cada passo do evento programado para domingo, mas pulou o momento da passagem da faixa. Com o presidente Jair Bolsonaro fora do país, a equipe ainda discute como será feito o ritual que simboliza a passagem de poder.
O carro no qual Lula deve desfilar deixou a Esplanada, na altura da catedral de Brasília, por volta das 15 horas. Depois de uma parada no Congresso Nacional, onde Lula deverá discursar pela primeira vez no domingo como presidente, seguiu até o Palácio do Planalto. Por volta das 16 horas, o momento em que o presidente eleito subirá a rampa era ensaiado. Testes de áudio e fotografia, esta última coordenada pelo fotógrafo oficial de Lula, Ricardo Stuckert, também foram realizados.
O futuro delegado-geral da PF, Andrei Rodrigues, coordenou pessoalmente a organização do ensaio, que conta com batedores da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Exército, além de drones e helicópteros.
O segurança Moraes foi interrogado pelo então juiz Sergio Moro durante a operação Lava Jato, em 2018. Na ocasião, ele disse que esteve com Lula no sítio de Atibaia 72 vezes.
À época, Lula era apontado como o verdadeiro dono do imóvel registrado em nome do empresário Fernando Bittar. No curso da operação, investigadores disseram que Lula costumava utilizar um telefone celular de Moraes.
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