Sport, Santa e Náutico acertam junto ao MPPE controle por identificação facial nos estádios

Os três principais clubes de futebol de Pernambuco, Sport, Náutico e Santa Cruz, se comprometeram a repassar ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) todos os dados sobre as torcidas organizadas, além de realizar o cadastramento de acesso com identificação facial e controle de imagens dos eventos. 




A medida foi estabelecida em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado na última quarta-feira, junto à Promotoria de Justiça Especializada do Torcedor da Capital e o Núcleo do Desporto e Defesa do Torcedor (NUDTOR), e tem 60 dias para ser cumprida.  


A medida é baseada no artigo 148 e parágrafo único da Lei Geral do Esporte, ficando determinado que arenas esportivas com capacidade para mais de 20 mil pessoas devem ter: monitoramento por imagem das catracas, identificação biométrica dos espectadores e central técnica de informações. Segundo nota oficial, os clubes têm até o início das semifinais do Campeonato Pernambucano 2025 para adotar as demandas. 

 


Yuri Romão, Bruno Becker e Bruno Rodrigues, presidentes do Sport, Náutico e Santa Cruz, respectivamente, estiveram na reunião, junto também de Evandro Carvalho, presidente da FPF-PE Yuri Romão, Bruno Becker e Bruno Rodrigues, presidentes do Sport, Náutico e Santa Cruz, respectivamente, estiveram na reunião, junto também de Evandro Carvalho, presidente da FPF-PE – Divulgação/MPPE


No documento, os dirigentes deverão informar ao MPPE, até o dia 10 de cada mês, o andamento das obrigações que foram pactuadas, independente de notificação ou aviso prévio.


A determinação já havia sido revelada pelo presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, durante a reunião do Conselho Técnico do Campeonato Pernambucano, realizada na última quarta-feira


Ainda conforme assinalou o mandatário, o Trio de Ferro só poderá receber seus torcedores em 2025 caso essas medidas sejam devidamente cumpridas, estando sujeitos a multa diária de R$ 5 mil se houver atraso no cumprimento das obrigações. Os clubes intermediários não foram incluídos nessa medida. 


“Eu argumentei que seria impossível Central, Afogados e Maguary pagarem dois ou três meses com R$ 5 mil de multa diária. Porque teria que colocar máquinas de reconhecimento facial em todas as entradas, por exemplo, do estádio do Decisão de Sertânia. Não ia ter jogo no interior. Consegui tirar isso, mas não teve jeito para os três da capital”, comentou o presidente da federação.

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