Foi preso o agropecuarista Rodrigo Luiz Parreira, apontado pela polícia como o principal suspeito pelo ataque com um drone a apoiadores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Alexandre Kalil (PSD), durante evento de pré-campanha, em junho deste ano, em Uberlândia. Segundo o Ministério Público Federal (MPF) e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), a captura aconteceu no último sábado (2) e está ligada a outros fatores que estão sob sigilo.
O episódio pelo qual Parreira é suspeito aconteceu no dia 15 de julho, na Universidade do Triângulo Mineiro (Unitri). Apoiadores do Partido dos Trabalhadores, que aguardavam o encontro entre Lula e Kalil, afirmaram terem sido atingidos por ‘água de esgoto’ lançada por um drone que sobrevoou o local naquela tarde.
O MPF afirma que as investigações sobre o ataque feito aos apoiadores petistas continuam em andamento, mas segue sem nenhuma novidade.
O encontro daquela tarde tinha o objetivo de oficializar a aliança entre o ex-prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato ao governo de Minas Gerais e o petista, pré-candidato à Presidência da República.
Na data, a Polícia Militar deteve em flagrante três homens: Charles Wender Oliveira Souza, Daniel Rodrigues de Oliveira e Parreira. Segundo os agentes, o trio não tinha autorização para operar o equipamento e o caso foi encaminhado ao MPF.
Em um vídeo que circula pelas redes sociais, um dos homens diz que o drone, usado em plantações, despejava um veneno sobre os militantes. Outras publicações nas redes sociais afirmavam que o equipamento pulverizava fezes e urina sobre o público.
Três pessoas atingidas afirmaram que iriam pedir uma indenização de R$ 120 mil. A advogada Joana D’arc de Castro, que representava as vítimas, esteve em uma sessão da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no dia 27 de junho, e afirmou que a ação foi planejada e perpetrada.
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