Wall Street fecha em queda tendo como pano de fundo as tensões geopolíticas

A bolsa de Nova York fechou em baixa nesta segunda-feira (15), aproveitando as tensões geopolíticas no Oriente Médio para consolidar ganhos depois de um período altista, um movimento que atingiu particularmente as empresas tecnológicas.


O índice industrial Dow Jones perdeu 0,65%, o tecnológico Nasdaq caiu 1,79% e o índice ampliado S&P 500 recuou 1,20%.


“A desculpa evidente” para a queda do dia “é o fator geopolítico”, resumiu Patrick O’Hare, do site especializado Briefing.com.


O chefe do Estado-maior israelense, Herzi Halevi, prometeu, nesta segunda-feira, que Israel “responderá” ao ataque iraniano do fim de semana.


Esta declaração do Exército, que continua com os combates ao movimento palestino Hamas em Gaza, faz crescer o temor da comunidade internacional, em alerta desde o disparo de mísseis e drones do Irã contra Israel durante o fim de semana.




Teerã afirmou ter lançado o ataque em resposta a um bombardeio contra seu consulado em Damasco, em 1º de abril, um ataque atribuído a Israel.


O Irã considera que com a operação do fim de semana, o assunto está “superado” e alertou contra qualquer “comportamento imprudente” que pudesse desencadear uma reação “muito mais forte”.


“A geopolítica teve um papel, mas não é o único elemento”, insistiu Patrick O’Hare. “Também há questões técnicas”, acrescentou.


O S&P 500 caiu abaixo de sua média dos últimos 50 dias, uma cota técnica maior que provoca uma onda de vendas.


Além disso, “circula a ideia de que o mercado está pronto para se contrair”, segundo O’Hare. “Não é uma correção, está mais para uma consolidação, uma retração ordenada”, afirmou.


Entre os valores do dia, as gigantes da tecnologia foram as mais afetadas por este estímulo às vendas. Meta (-2,28%), Broadcom (-2,48%) e Nvidia (-2,48%) tiveram perdas claras.


A Tesla derrapou (-5,59%) depois que vários veículos citaram um e-mail interno enviado por seu fundador, Elon Musk, aos funcionários da empresa, anunciando-lhes a demissão de mais de 10% dos funcionários – mais de 14.000 pessoas. O grupo atravessa um período difícil devido à concorrência de fabricantes chineses com veículos de preços baixos.


No dia do início do primeiro julgamento criminal contra o ex-presidente Donald Trump (2017-2021), sua empresa, a Trump Media and Technology Group (TMTG), continuou registrando queda, 18,35% desta vez. As ações da companhia perderam cerca de 60% desde seu valor máximo, registrado em 26 de março.

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