Youtuber bolsonarista preso pela PF no Rio publicou vídeo pouco antes de ser detido

Momentos antes de ser preso pela Polícia Federal (PF) no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro, o youtuber bolsonarista Allan Frutuozo da Silva fez um vídeo e publicou em suas redes sociais. Com 871 mil inscritos no Youtube, ele apelou aos seguidores “atualização da prisão política”, disse em título do conteúdo publicado.


— Fala, pessoal. Atualização aqui: eu estou sendo levado para uma sala do Galeão. O ministro Alexandre de Moraes (do Supremo Tribunal Federal) vai decidir o que vai acontecer comigo, porém os policiais falaram que o STF só abre meio-dia. Então eles vão decidir o que vão fazer comigo, se me prendem ou me liberam. O motivo é ordem do STF — disse em registro gravado numa loja dentro do aeroporto.


Allan Frutuozo foi detido nesta quarta-feira por suspeita de invadir a sede da PF em Brasília, em dezembro do ano passado. Na ocasião, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depredaram a delegacia de polícia após a prisão do indígena Cacique Serere Xavante.


Em seus perfis nas redes sociais, o youtuber é seguido por importantes nomes do núcleo duro bolsonarista, como a ex-secretária Regina Duarte, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e os deputados federais Luiz Lima (PL-RJ ), Carla Zambelli (PL-SP), André Fernandes (PL-CE), Zucco (Republicanos-RS), Bia Kicis (PL-DF), Júlia Zanatta (PL-SC), Zé Trovão (PL-SC) e Mário Frias (PL-SP).

 




Entre postagens de crítica a Lula (PT) e de apoio a Bolsonaro, Frutuozo tem fotos com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o próprio ex-presidente. No final de março, compareceu à posse de Bia Kicis como presidente do PL no Distrito Federal.


Neste dia, data em que Bolsonaro retornou ao Brasil após autoexílio nos Estados Unidos, conversou com Marcos do Val (Podemos-ES), Gustavo Gayer (PL-GO) e o ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL-PE).


No ano passado, distribuiu material de campanha do ex-mandatário e esteve em diversas agendas. Ao que tudo indica, trabalhou voluntariamente, já que não consta vínculo empregatício entre os dois no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


“Orgulho de caminhar ao lado do meu líder. Rumo a vitória”, escreveu em publicação em São Gonçalo, região metropolitana do Rio.


Após a derrota de Bolsonaro nas urnas, Frutuozo publicou vídeos de manifestantes nos bloqueios antidemocráticos que ocorreram ao redor de todo o país e esteve no Quartel General em Brasília. No dia 8 de janeiro, data em que a sede dos Três Poderes foi invadida, compartilhou vídeos dos golpistas e acusou Ana Priscila Azevedo de conspiração contra o ex-presidente.


Ao longo do mandato de Bolsonaro, o youtuber foi apontado pelo então deputado Alexandre Frota como parte de um esquema de difamação associado ao “gabinete do ódio”. Em 2020, foi condenado por porte ilegal de arma em primeira instância

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